Vocação brasileira para a produção de vinhos espumantes

26-07-2017

A vocação brasileira para a produção de vinhos espumantes demorou para ser reconhecida em sua plenitude, segundo Juarez Valduga, presidente do Grupo Família Valduga, uma das mais tradicionais vinícolas brasileiras, localizada no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. “Após 140 anos do desenvolvimento da vinicultura na região da Serra Gaúcha, só nos últimos 10 anos foi encontrada definitivamente a identidade máxima da região para a produção de vinhos espumantes de qualidade. Temos condições propícias de clima e solo, que nos posicionam como uma das melhores regiões do mundo para a produção de vinhos espumantes”, salienta Juarez que é presidente do Conselho Superior da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), localizado em Bento Gonçalves.

Os estrangeiros levaram menos tempo que os vinicultores brasileiros para reconhecer essa vocação da Serra Gaúcha. No final da década de 1940, o francês e produtor de bebidas George Aubert ouviu de um irmão marista, que havia passado por Garibaldi, sobre as potencialidades que o solo brasileiro possuía para a produção de espumante. Eram muitas as dificuldades na Europa pós-guerra, e o francês de posse da informação e experiente na produção de espumantes, vislumbrou a chance de incrementar seus negócios. Em 1950, desembarcou em Garibaldi e abriu sua empresa elaborando espumantes em larga escala pelo método charmat – a segunda fermentação é realizada em um grande tanque de inox, chamado de autoclave.

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